A celebérrima Epístola de S. Paulo aos Coríntios, tartamudeada ad nauseum nos casamentos menos imaginativos, reza particularmente que "o Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha."
S. Paulo (que, tendo sido um grande pecador pelos cânones da igreja que viria a representar, não poderia saber tão pouco da natureza humana) estaria decerto a conferir ao Amor uma dimensão projeccional e aspiracional nesta sua prelecção.
Desde então, todos esperamos demais do Amor. Ora, sendo o Amor tão humano quanto o é, equacione-se o que vale mais: o Amor excelente e intocável que jamais passará de mito, ou o Amor imperfeito, desastrado e sofredor de todos nós, que nos acompanhará na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da nossa vida.
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2 comments:
Tens este blogue e não me dizias nada!? Parabéns, vou passar a ler com regularidade e adicionar tb às minhas "Vidas Amigas".
Bjs
Já agora, recomendo este blog de um amigo que está a viver uma deslumbrada experiência goesa: http://prazosdoserrazim.blogspot.com/
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